quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ano Internacional para Afrodescendentes

ONU proclama 2011 como Ano Internacional para Afrodescendentes

Em mensagem à Assembleia-Geral, Ban Ki-moon diz que o evento pretende reforçar o compromisso político para erradicar a discriminação

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU
Nova York (EUA) - As Nações Unidas lançaram, nesta sexta-feira em Nova Iorque, o Ano Internacional para Descendentes de Africanos. Num discurso, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon explicou o objectivo do evento, que será marcado em 2011.
Segundo ele, o Ano Internacional tentará fortalecer o compromisso político de erradicar a discriminação a descendentes de africanos. A iniciativa também quer promover o respeito à diversidade e herança culturais. Numa entrevista à Rádio ONU, de Cabo Verde, antes do lançamento, o historiador guineense Leopoldo Amado, falou sobre a importância de se conhecer as origens africanas ao comentar o trabalho feito com quilombolas no Brasil.
Dimensão
"Esses novos quilombolas têm efetivamente o objetivo primordial de fortalecer linhas de contato. No fundo restituir-se. Restituir linhas de contatos, restituir aquilo que foi de alguma forma quebrada, aquilo que foi de alguma forma confiscada dos africanos, que é a possibilidade de reestabelecer a ligação natural entre aqueles que residem em África, que continuam a residir em África e a dimensão diaspórica deste mesmo resgate. A dimensão diaspórica da África é efetivamente larga e grande", disse.
Ban lembrou que as pessoas de origem africana estão entre as que mais sofrem com o racismo, além de ter negados seus direitos básicos à saúde de qualidade e educação.
Declaração de Durban
A comunidade internacional já afirmou que o tráfico transatlântico de escravos foi uma tragédia apavoradora não apenas por causa das barbáries cometidas, mas pelo desrespeito à humanidade.
O Secretário-Geral concluiu a mensagem sobre o Ano Internacional para os Descendentes de Africanos, a lembrar que a Declaração de Durban e o Programa de Acção que pede aos governos para assegurarem a integração total de afro-descedentes em todos os aspectos da sociedade.

http://www.unifem.org.br/003/00301009.asp?ttCD_CHAVE=128633

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Recorde no cinema nacional

O filme Trope de Elite 2 já é o mais visto da história do cinema nacional. A continuação da história do capitão Nascimento ultrapassou a marca dos 10 milhões de expectadores, deixando para trás Dona Flor e seus dois maridos, na ponta do ranking há mais de 30 anos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

sábado, 4 de dezembro de 2010

Preconceito contra pobres!!!

Segundo Luis Carlos Prates, da RBS TV/Globo, de Santa Catarina, os pobres são miseráveis que agora estão conseguindo comprar carros e os responsáveis pelo aumento do número de acidentes de trânsito. Preconceito puro.

Deveria ser preso!!!


sábado, 23 de outubro de 2010

Serra submissão aos Estados Unidos

Em entrevista à Carta Maior, o historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira afirma que o processo eleitoral brasileiro está infectado por uma intensa campanha terrorista e uma guerra psicológica promovido pela direita e por grupos de extrema-direita, como TFP, Opus Dei e núcleos nazistas do Sul do país. Para Moniz Bandeira, projeto representado por José Serra é o "do Brasil submisso às diretrizes dos Estados Unidos, com sua economia privatizada e alienada aos interesses aos estrangeiros".

Redação

CM: Qual a sua avaliação sobre o processo eleitoral brasileiro e sobre a disputa que ocorre agora no segundo turno? Como o sr. caracterizaria os dois projetos em disputa?

Moniz Bandeira: O atual processo eleitoral está infectado por uma intensa campanha terrorista, uma guerra psicológica, promovida não apenas direita, mas pela extrema-direita, como a TFP, OPUS DEI e núcleos nazistas do Sul, e sustentada por interesses estrangeiros, que financiam a campanha contra a política exterior do presidente Lula , pois não querem que o Brasil se projete mais e mais como potência política global. Os dois projetos em disputam são definidos: o Brasil como potência econômica e política global, socialmente justo, militarmente forte, defendido pela candidata do PT, Dilma Roussef; o outro, representado por José Serra candidato do PSDB-DEM, é o do Brasil submisso às diretrizes dos Estados Unidos, com sua economia privatizada e alienada aos interesses aos estrangeiros.

Evidentemente, os Estados Unidos, quaisquer que seja seu governo, não querem que o Brasil se consolide como potência econômica e política global, integrando toda a América do Sul como um espaço geopolítico com maior autonomia internacional.

CM: Falando sobre política externa, o sr. poderia detalhar um pouco mais o que, na sua visão, as duas candidaturas representam?

MB: A mudança dos rumos da política externa, como José Serra e seus mentores diplomáticos pretendem, teria profundas implicações para a estratégia de defesa e segurança nacional. Ela significaria o fim do programa de reaparelhamento e modernização das Forças Armadas, a suspensão definitiva da construção do submarino nuclear e a paralisação do desenvolvimento de tecnologias sensíveis, ora em curso mediante cooperação com a França e a Alemanha, países que se dispuseram a transferir know-how para o Brasil, ao contrário dos Estados Unidos. Essa mudança de rumos, defendida pelos mentores de José Serra em política externa, levaria o Brasil a aceitar a tese de que o conceito de soberania nacional desaparece num mundo globalizado e, com isto, permitir a formação de Estados supostamente indígenas, em regiões da Amazônia, como querem muitas 100 ONGs que lá atuam.

CM: E na América Latina? O Brasil aparece hoje como um fator estimulador e fortalecedor de um processo de integração ainda em curso. Que tipo de ameaça, uma eventual vitória de José Serra representaria para esse processo?

MB: José Serra já se declarou, desde a campanha de 2002, contra o Mercosul, como união aduaneira, e sua transformação em uma área de livre comércio, compatível com o projeto da ALCA, que os Estados Unidos tratavam de impor aos países da América do Sul e que o Brasil, apoiado pela Argentina, obstaculizou. Se a ALCA houvesse sido implantada, a situação do Brasil seria desastrosa, como conseqüência da profunda crise econômica e financeira dos Estados Unidos, como aconteceu com o México.

José Serra também criou recentemente problemas, fazendo declarações ofensivas à Argentina, Bolívia e Venezuela, países com os quais o Brasil tem necessariamente de manter muitos boas relações, goste ou não goste de seus governantes. Trata-se do interesse nacional e não de idiossincrasia política.

CM: Na sua avaliação, quais foram as mudanças mais significativas da política externa brasileira, que devem ser preservadas?

MB: O governo do presidente Lula, tendo o embaixador Celso Amorim como chanceler, considerado pela revista Foreign Policy, dos Estados Unidos, como o melhor do mundo, na atualidade, alargou as fronteiras diplomáticas do Brasil. Seus resultados são visíveis em números: sob o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, as exportações do Brasil cresceram apenas 14 bilhões, subindo de 47 bilhões de dólares em 1995 para 61 bilhões em 2002. No governo do presidente Lula, as exportações brasileiras saltaram de 73 bilhões de dólares, em 2003, para 145 bilhões em 2010: dobraram. Aumentaram 72 bilhões , cinco vezes mais, do que no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Essas cifras evidenciam o êxito da política externa brasileira, abrindo e diversificando os mercados no exterior. Mas há outro fato que vale ressaltar, para mostrar a projeção internacional que o Brasil. Em dezembro de 2002, último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso, as reservas brasileiras eram de apenas 38 bilhões de dólares... Sob o governo Lula, as reservas brasileiras saltaram de 49 bilhões de dólares, em 2003, para 280 bilhões de dólares em outubro de 2010. Aumentaram sete vezes mais do que no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Tais números representam uma enorme redução da vulnerabilidade do Brasil.

É bom recordar que, logo após o presidente Fernando Henrique Cardoso inaugurar seu segundo mandato, em apenas seis dias, entre 6 e 12 de janeiro de 1999, o Brasil perdeu mais de 2 bilhões de dólares para os especuladores e investidores, que intensificaram o câmbio de reais por dólares, aproveitando ainda a taxa elevada, e suas reservas caíram mais de 4,8 bilhões bilhões, em apenas dois dias, ou seja, de 13 para 14 de janeiro.

Os capitais, em torno de 500 milhões de dólares por dia, continuaram a fugir ante o medo de que o governo congelasse as contas bancárias e decretasse a moratória. E os bancos estrangeiros cortaram 1/3 dos US$ 60 bilhões em linhas de crédito interbancário a curto prazo, que haviam fornecido ao Brasil desde agosto de 1998. A fim de não mais perder reservas, com a intensa fuga de capitais, não restou ao governo de Fernando Henrique Cardoso alternativa senão abandonar as desvalorizações controladas do real e deixá-lo flutuar, com a implantação do câmbio livre.

CM: O sr. poderia apontar uma diferença que considera fundamental entre os governos Lula e FHC?

MB: Comparar os dois governo ocuparia muito espaço na entrevista. Porém apenas um fato mostra a diferença: o chanceler Celso Amorim esteve nos Estados Unidos inúmeras vezes e nunca tirou os sapatos, ao chegar no aeroporto, para ser vistoriado pelos policiais do serviço de controle. O professor Celso Lafer, chanceler no governo de Fernando Henrique Cardoso, submeteu-se a esse vexame, humilhando-se, degradando sua função de ministro de Estados e o próprio país, o Brasil, que representava. E é este homem que ataca a política exterior do presidente Lula e é um mentores de José Serra, cujo governo, aliás, seria muito pior do que o de Fernando Henrique Cardoso.

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17093

sábado, 16 de outubro de 2010

Apostilas de ensino, por CQC

CQC e as apostilas com erros grosseiros. Isso aconteceu no governo do tucano José Serra!! Pensem!!!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Por que não votar em Serra!!!

Interessante texto de autoria de Durval Muniz de Albuquerque Júnior (UFRN), presidente da Associação Nacional de História (ANPUH), analisando os dois projetos eleitorais em disputa. Importante contraponto à campanha da mídia golpista contra a candidatura de Dilma Rousseff.

http://www.viomundo.com.br/politica/durval-muniz-um-convite-a-reflexao.html

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Eu e Lula concordamos

Por David Coimbra

Na noite desta segunda, em comício em Joinville, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que é preciso “extirpar o DEM da política brasileira”. Em texto do fim do ano passado, também critiquei o DEM.

Assim:

-
Você sabe o que significa a sigla do partido esse, o DEM? Democratas. Vou lembrar-lhe agora qual é a origem desse DEM, e você vai achar que o nome do partido é ironia. Não é. É pior.

É deboche.

Porque o DEM é sucedâneo de nada menos do que o PFL, que por sua vez é sucedâneo de nada menos do que a Arena, que era nada menos do que o partido de sustentação da ditadura militar.

Sei que muitos sentem saudade dos tempos da ditadura militar. Não os julgo, cada um com suas convicções e preferências. Mesmo estes, porém, haverão de admitir que a ditadura é o oposto da democracia. Não por razões ideológicas; por razões conceituais. Desde que os ingleses estabeleceram a monarquia constitucional, no século 17, pode-se ter democracia até havendo um rei. Havendo um ditador, não. Logo, quem defende a ditadura é contra a democracia.

O PFL defendia a ditadura.

E agora o PFL se chama “Democratas”.

Um nome desses para um partido desses só pode ser caso de escárnio cruel. Eles são os “Democratas”… Por favor!

Alguém talvez pergunte os motivos que levaram o PFL a trocar de nome. Afinal, trata-se de uma mudança incomum. Quando o Brizola voltou ao Brasil, em 1979, ele queria desesperadamente retomar o comando de seu velho partido, o PTB.
Seria uma união perigosa para os interesses da ditadura — Brizola tinha prestígio como líder político e o PTB tinha prestígio como defensor dos interesses dos trabalhadores. O governo precisava apartar um de outro, e trabalhou intensamente para que isso acontecesse. Conseguiu. A sigla ficou com a sobrinha-neta de Getúlio Vargas, Ivete Vargas. Brizola chorou quando a Justiça lhe subtraiu os direitos sobre sua antiga legenda. E a ditadura atingiu seu objetivo: nem o PTB de Ivete nem o PDT de Brizola recuperaram o patrimônio trabalhista do PTB de Getúlio e Jango. A herança do velho PTB, de certa forma, foi arrebatada depois pelo PT, mas essa é outra história.

O importante é que o antigo PTB tinha um nome a zelar. Era uma sigla poderosa.

O antigo MDB também se orgulhava de seu nome, tanto que o senador Pedro Simon não chama seu partido de PMDB, chama de MDB. Está certo, o Simon: esse MDB com pê na frente assemelha-se muito ao PFL no quesito fisiologismo — o PFL fazia qualquer negócio para se acochambrar com o poder. Só que o PMDB não sustentava a ditadura. O PFL, sim. Por isso, o PFL teve que trocar de nome — até as pessoas menos esclarecidas já intuíam o que o partido representava.

E agora o PFL se chama “Democratas”…

É por isso que exultei ao assistir aos vídeos daqueles caras do DEM-PFL-Arena recebendo pacotes de dinheiro escuso, não tendo bolsos em número suficiente para meter tanto dinheiro em seus ternos bem cortados, sendo obrigados a enfiar maços de notas de 50 nos carpins. Foi bonito aquilo, porque mostrou a verdadeira cara do DEM.

Que é o PFL.

Que era o pior pedaço da Arena.

É possível que existam homens dignos no DEM. Não devia. Democratas não consentem em conviver com tamanha contradição. Democratas não defendem a ditadura.

http://wp.clicrbs.com.br/davidcoimbra/2010/09/14/eu-e-lula-concordamos/?topo=13,1,1,,,2

domingo, 12 de setembro de 2010

Famílias poderão receber auxílio financeiro para cuidar de idosos

Tramita na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado um projeto de lei que cria auxílio financeiro para a família que mantém sob seus cuidados pessoa com mais de setenta anos

Da Equipe Ágere

Tramita na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado um projeto de lei que cria auxílio financeiro para a família que mantém sob seus cuidados pessoa com mais de setenta anos.

A chamada Ajuda Especial de Mantença será para a família com renda mensal per capita igual ou inferior a um salário mínimo que cuida de pessoa com mais de setenta anos.

Segundo a proposta, o valor do auxílio será mensal de um salário mínimo por pessoa com mais de setenta anos. O benefício, de acordo com o projeto de lei, será pago até a data de falecimento do idoso.

A proposição, de autoria do senador Jefferson Praia (PDT-AM ), considera família os parentes de até terceiro grau que assumam a responsabilidade e o ônus econômico de cuidar do idoso.

Ainda segundo o projeto, a família beneficiada com a Ajuda Especial de Mantença tem o dever de empregar o dinheiro em proveito exclusivo do bem-estar e da saúde idoso, sob pena de responsabilização civil; e de comunicar em até 30 dias às autoridades públicas o falecimento do idoso que estava sob seus cuidados. Caso isto não seja feito, a família poderá responder criminalmente por apropriação indébita.

O senador amazonense destaca que a população idosa no Brasil era formada por mais de 14 milhões de pessoas em 2002, e a tendência é que nas próximas décadas esse número cresça consideravelmente.

“Cerca de quinhentos mil brasileiros com mais de setenta anos de idade continuam a viver em lares extremamente pobres ou estão internados em asilos ou em instituições assemelhadas, quando não ficam entregues à própria sorte. E o futuro pode ser ainda pior, visto que esse número tende a crescer em decorrência da transição demográfica por que passa o país”, afirma o senador.

Praia também destaca que as pessoas de mais baixa renda “não gozam de uma velhice confortável e digna nem possuem as mínimas condições de autonomia, integração e participação efetiva na sociedade”.

“A maior parte delas vai para asilos, muitas vezes pela impossibilidade de que suas famílias arquem com os custos financeiros decorrentes dos cuidados que elas demandam. Assim, ao garantir à família o benefício de um salário mínimo para o cuidado e a manutenção do idoso, este projeto oferece uma solução viável e de grande valor social”, argumenta.

Por fim, o congressista do Amazonas revela que a proposta se inspira no sucesso de medida semelhante adotada em países da Europa, como a Itália. Neste país, explica o senador, o pagamento do auxílio provocou “a desativação de metade dos asilos existentes, graças ao retorno dos idosos à convivência familiar”.

08/09/2010 04:09:32

http://www.agere.org.br/site/?vis=noticias.noticias&filtro[not_id]=763

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Tarso amplia vantagem sobre Fogaça

O candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, aumentou de 6 para 11 pontos percentuais a vantagem sobre José Fogaça (PMDB) mostra pesquisa Vox Populi/Band/iG deste quarta-feira. Segundo a pesquisa, Tarso oscilou positivamente de 34% para 35% em relação a julho. Fogaça foi de 28% para 24%.

A governadora Yeda Crusius (PSDB) passou de 12% para 10%. Schneider (PMN) marcou 1% e os demais candidatos não pontuaram. Os brancos e nulos são 5% e os indecisos 23%. A margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Tarso também lidera a pesquisa espontânea com 20%, seguido de Fogaça com 10% e Yeda com 7%. A governadora lidera o ranking da rejeição com 29%, Tarso tem 10% e Fogaça 7%.

A maior parte dos entrevistados, 38%, acredita que o petista vai ganhar a eleição, 24% apostam em Fogaça e 9% em Yeda.

O governo da tucana tem avaliação positiva de apenas 23%, regular de 42% e negativa de 33%. Já o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é avaliado positivamente por 72%, regular por 22% e negativamente por 4%.


http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/vox+populi+tarso+amplia+vantagem+sobre+fogaca/n1237752951397.html

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Baixe e use

A Câmara dos Deputados criou o Baixe e Use, catálogo com 170 produções originais da TV Câmara disponíveis para download gratuito. A qualidade da resolução dos vídeos é ótima.
São reportagens, documentário e interprogramas informativos, abordando vários assuntos. Os vídeos estão divididos por eixos temáticos: cidadania, humanidades, comunicação, educação, saúde, economia e política.

Abaixo está o link para o Baixe e Use.

http://www.camara.gov.br/internet/tvcamara/?lnk=BAIXE-E-USE&selecao=BAIXEUSE

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Novo currículo para as escolas estaduais gaúchas

Lições do Rio Grande: referencial curricular para as escolas estaduais. Apreciação da Faculdade de Educação da UFRGS

Em um momento em que chega às escolas da rede estadual do Rio Grande do Sul um conjunto de materiais didáticos, intitulado Lições do Rio Grande: referencial curricular para as escolas estaduais, é oportuna nossa manifestação com o objetivo de fazer algumas considerações sobre possibilidades de efetividade de uma ação inserida em política do campo curricular cuja finalidade explícita é a melhoria das condições de qualidade da Educação Básica pública estadual. Dada a incidência de nosso trabalho na formação de professores, fazemos alguns registros que permitam uma abertura de discussão sobre conexões entre o/um referencial curricular e certas condições do trabalho docente.

Cabe esclarecer que não entraremos em análises do conteúdo dos cadernos, em suas áreas e disciplinas. Nossa compreensão é de que o material possui méritos em sua composição e conteúdo (seleção de tópicos, forma de abordagem, uso de bibliografia de referência), assim como acontece com outros recursos pedagógicos à disposição das escolas públicas brasileiras na atualidade.


Primeiro registro: autonomia da escola
Na introdução de todos os cadernos do Lições do Rio Grande, é afirmado que “A autonomia pedagógica da escola consiste na liberdade de escolher o método de ensino, em sua livre opção didático-metodológica, mas não no direito de não ensinar, de não levar os alunos ao desenvolvimento daquelas habilidades e competências cognitivas ou de não abordar aqueles conteúdos curriculares”. O reenquadramento da margem de autonomia das escolas é reconhecido pela Secretaria de Estado da Educação. Os conteúdos curriculares, sabemos, estão articulados a teorias, metodologias e práticas, o que requer um nível de discernimento e autonomia dos educadores que não se restringe a meras técnicas de trabalho. As políticas curriculares, para serem implementadas, dependem de adesão por parte dos que vão implementá-las – neste caso, dirigentes escolares e professores. Lembremos que estamos tratando de uma política que chega às escolas encontrando um legado que não será suplantado apenas pela afirmação de que não se negocia a adoção dos conteúdos propostos. Nossa defesa é a da autonomia da escola, mas, além disso, queremos sublinhar a concepção ingênua de extinguir certa autonomia e objetivar instaurar outra por uma declaração e pela disponibilização de cadernos, estando ausentes certas condições indispensáveis para a efetividade da política.


Segundo registro: referenciais curriculares ou propostas pedagógicas e condições do trabalho pedagógico
Valorização dos profissionais da educação, insumos pedagógicos e adequada infra-estrutura física das escolas estão entre as condições de um trabalho pedagógico eficaz. A garantia destes quesitos exige gastos públicos, os quais têm estado muito aquém do necessário para recuperar déficits de condições de qualidade da educação escolar. A qualidade da educação tem ficado à mercê de ajustes fiscais do estado do Rio Grande do Sul. As escolas recebem um repasse de recursos do governo estadual que lhes disponibiliza, em média, 30 reais por aluno por ano. Esse é o principal recurso com o qual conta a maioria das escolas, o que evidencia as limitadíssimas possibilidades de prover as escolas de certos insumos para um trabalho pedagógico de acordo com os requisitos de qualidade na contemporaneidade. Outro fator é que o valor mínimo de remuneração de um professor da rede pública estadual, para 20h, é de R$ 510,00, um dos menores do país. Neste contexto, é importante lembrar que a Constituição Estadual determina que sejam gastos 35% da receita líquida de impostos do governo estadual na manutenção e desenvolvimento do ensino. Nos últimos anos, este percentual não tem sido aplicado, com perdas, em 2008 e 2009, superiores a um bilhão de reais em cada ano. A rede estadual foi encolhendo nos últimos anos: de 1996 para 2008 passou de um atendimento de 65% para 57% da matrícula na Educação Básica pública gaúcha. Com a reorganização da rede estadual no governo atual, foram fechadas escolas, foi incentivada a municipalização da pré-escola, foi aumentado o número de alunos por turma, foi reorganizada a distribuição de funções no âmbito escolar. O que tem se mostrado visível é a ligação desses ajustes com as razões do ajuste fiscal do estado, permanece invisível a maior disponibilidade de recursos para a rede estadual, bem como as razões pedagógicas ou de eficácia das ações públicas nestas ações. Os referenciais curriculares chegam às escolas numa conjuntura que dissocia o que é esperado do trabalho docente para promover certas aprendizagens e o que o governo estadual está disposto a investir na qualificação da educação e na valorização dos profissionais da educação estadual.


Terceiro registro: referenciais curriculares e políticas de formação inicial e continuada de professores
A formação inicial e continuada de professores é também requisito da qualidade da educação escolar. Sem entrar no mérito do conteúdo de diferentes diretrizes ou referenciais, nos parece urgente a abertura de diálogo para discutir política(s) de formação de professores. Propomos um diálogo interinstitucional e intergovernamental, incluindo, pelo menos, governo estadual, governos municipais, universidades e demais instituições formadoras de professores, entidades representativas das instituições formadoras de profissionais da educação, profissionais da educação e instâncias que os representam, conselhos escolares, conselhos de educação. O sucesso da implementação de políticas curriculares está estreitamente ligado a políticas que incidam na formação docente, inicial e continuada, bem como na disponibilização de outras condições, das quais fazem parte certos padrões básicos de qualidade da educação. Um conjunto de lições, isolado, não dá conta de iniciar uma inflexão expressiva no trabalho docente. É nessa circunstância que propomos o debate e que convocamos o compromisso público dos candidatos ao governo do estado para com essa futura intervenção coletiva.

Comissão de sistematização: Nalu Farenzena, Juca Gil, Paola Zordan, Marise Amaral, Nestor Kaercher

Diretor da Faculdade de Educação: Johannes Doll

Texto retirado de http://www.cpers.org.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=2518


A Carta de Pero Vaz de Caminha

segunda-feira, 19 de julho de 2010

2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil

A 1ª Olimpíada Nacional em História do Brasil ocorreu em 2009, contou com cerca de 16 mil inscritos e foi um grande sucesso entre alunos e professores de todo o país!

A 2ª Olimpíada traz novamente o desafio de estudar a história do Brasil por meio de textos, documentos, imagens e mapas, ao longo de questões de múltipla escolha e da realização de tarefas muito especiais!

Serão 5 fases online e uma fase final, presencial, que ocorrerá na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


Interessados acessar http://www.mc.unicamp.br/2-olimpiada/inicio/index


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Melhor IDEB de Porto Alegre

Grata surpresa! A escola na qual leciono, EMEF Vereador Antônio Giúdice, obteve o índice do IDEB de 2009, mais alto da rede municipal de Porto Alegre, que abrange um total de 95 escolas de ensino fundamental. Em que pese possíveis críticas a este sistema de avaliação escolar, é um número a ser comemorado.

Parabéns a toda equipe do Giúdice, demonstrando mais uma vez que realiza um trabalho de qualidade. E parabéns sobretudo aos alunos, os quais estão comprovando seu enorme potencial.

Mas cabe uma reflexão importante: se as condições oferecidas pelo poder público à escola e a todos os profissionais de educação fossem melhores, será que tais índices não poderiam ser ainda mais altos?

domingo, 11 de julho de 2010

RBS quer calar família de garota ESTUPRADA

Texto enviado para mim por um amigo, assinado por Mães Indignadas do Colégio Catarinense.

"Estamos nos dirigindo a vocês, por ser nosso único meio de comunicação ainda livre de controle da informação falada e escrita, especialmente para o nosso caso de Florianópolis onde o domínio é total pela RBS que controla tudo.

Somos um grupo de mães do tradicional Colégio Catarinense de Florianópolis. É de conhecimento geral de que se trata de um colégio no qual estudam os filhos das famílias mais tradicionais, influentes e ricas de nossa Cidade, ou seja, a chamada "elite" Florianopolitana. Neste momento em que escrevemos isso estamos profundamente envergonhadas, pois este colégio está se tornando uma escola formadora de alunos pedantes, arrogantes, sem escrúpulos, sem noção do que é certo ou errado, pois esta escola está travestida de uma impunidade para os atos de seus alunos de pais influentes.

- Já não bastassem que há anos existam drogas circulando pelas dependências da escola, trazidas e servidas pois filhos de pais influentes;

- Já não bastassem que há anos acontece de tudo nas dependências da escola, como cheirar, fumar todos os tipos de fumo, transar, bater e intimidar os mais fracos;

- Já não bastassem as gangues famosas do Catarinense ameaçando os próprios alunos que não fazem parte, ou andando pela cidade ameaçando alunos de outras escolas, ou nas baladas cantando de galos, ou lutando entre si até sangrarem como já apareceu na TV;

Como se isso não bastasse, sem que nós pais pouco ou nada pudéssemos fazer junto a Direção do Colégio para que tomassem uma atitude com essa permissividade absurda que estava crescendo nas dependências da escola, principalmente em relação a esses filhos dessa elite maldita de nossa Cidade, agora temos um estupro de uma de nossas adolescentes. Isso mesmo, uma aluna do Colégio Catarinense foi brutalmente estuprada por três colegas, igualmente com 14 anos cada e colegas do mesmo colégio.

Tomamos essa medida de contar esta história que aconteceu há poucos dias (hoje é 28/06/2010), mas que está sendo abafada pela imprensa, porque um dos alunos estupradores é o filho de 14 anos do Sr. Sérgio Sirotsky, um dos Diretores da RBS TV e o outro é o Bruno, filho de um Delegado de Polícia da Cidade. O outro aluno ainda não conseguimos levantar. Quanto ao nome da adolescente, não divulgaremos a pedido da família que está em choque. O que podemos divulgar é que a garota fez o exame de corpo de delito e o processo esta correndo em sigilo (o sigilo não foi pedido pelos pais da garota e sim pelo Delegado e pelo Sr. Sérgio Sirotsky pra preservar os delinqüentes e estupradores de seus filhos).

O caso ocorreu porque a menina terminou o namoro com o filho do Delegado, aí os amigos resolveram se vingar da garota. Encontraram com ela no Shopping Beira Mar, colocaram alguma droga na sua bebida (parece que foi a droga Boa Noite Cinderela) e a levaram para o apartamento da Mãe do filho do Sérgio Sirotsky que fica bem próximo ao Shopping Beira Mar. No quarto do garoto, os três estupraram a garota de todas as maneiras possíveis, até introduziram um controle remoto na vagina. Quando estavam estrangulando a garota, a mãe (ex mulher do Sérgio Sirotsky) entrou no quarto. Disseram que em princípio, e acreditamos que sim, pois deve ter sido uma cena grotesca e inimaginável para qualquer pai ou mãe, teve um ataque e bateu muito nos garotos e principalmente no filho. Porém passado o choque inicial, ela deve ter pensado nas conseqüências terríveis do ato de seu filho e resolveu protegê-lo. A garota ainda estava desacordada, então ela vestiu a menina, enrolou um cachecol em volta de seu pescoço para esconder as marcas e ligou para a mãe da menina dizendo: "Venham buscar sua filha, pois sabe como são esses adolescentes, fizeram uma festinha aqui em casa na minha ausência, andaram bebendo e se passando, ela está meio bêbada e caindo pelas tabelas." Os pais foram buscá-la e a levaram para casa desacordada, porém aos poucos ela foi acordando e começou um choro desesperado e a falar coisas desconexas beirando ao histerismo. A mãe apavorada com o comportamento da filha, tentando acalma-la e ao tirar o cachecol viu as marcas no pescoço da filha em choque sem saber o que pensar ou dizer levaram imediatamente a filha ao médico e lá chegando o mundo foi caindo para esta família. Depois do médico foram orientados a ir a Polícia e a fazer o exame de corpo e delito.

Desnecessário dizer que os pais da garota receberam o telefonema do todo poderoso da RBS para que resolvessem esse "problema" e forma discreta, pois a final era o futuro de "seus" filhos que estava em jogo.

Pergunta: Qual futuro está em jogo???? Da garota estuprada ou dos garotos estupradores?????

Resposta: A garota irá sofrer muito com certeza e juntamente com toda a sua família, mas irá superar porque o mal não está com ela. Agora, esses garotos estupradores e quase assassinos, porque se a mãe não tivesse chegado a tempo eles teriam matado a menina, esses não têm mais jeito, esses estão marcados pro resto da vida têm que ser punidos, pois se não forem continuarão a fazer isso com outras meninas respaldados por essa impunidade garantida pelos seus pais poderosos.

Divulguem isso por favor, nos ajude a impedir que mais essa aberração desses garotos passe impune. Que aliás não é a primeira vez que esses garotos aprontam, são uns delinquentes, prodígios de bandidos."

Assinado: Mães indignadas do Colégio Catarinense

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Caro Dunga

Juremir Machado da Silva

Minha solidariedade, Dunga. Tu foste genial. Eu me tornei definitivamente teu fã. A eliminação contra a Holanda não abalará em coisa alguma a minha admiração. Tu és ingênuo, Dunga. Quiseste ganhar com base na seriedade, na lealdade e no caráter. Tiveste a coragem de dizer sempre a verdade e de enfrentar os mais poderosos. Cometeste erros, Dunga, mas isso é normal. Só os cretinos imaginam fazer tudo certo. Deixaste de fora alguns meninos talentosos, Dunga, e o velho Ronaldinho Gaúcho. Tiveste boas razões para isso. Tu havias ganhado tudo com o grupo que levaste a Copa. Desejavas valorizar os teus comandados e vencer ou perder com eles. És um capitão de navio à moda antiga. Aceitaste afundar com teu navio. Tua vitória teria sido uma revolução nos costumes. Que pena!

É verdade que não apostaste na beleza. Outros, no entanto, ganharam sem beleza alguma e tampouco sem tua valentia e tua nobreza rude. A derrota foi o resultado de alguns erros que podem acontecer com qualquer um: um gol contra de Felipe Melo, uma agressão boba de Felipe Melo, que determinou sua expulsão, e a perda do controle emocional pelo time todo. O mesmo Felipe Melo, entretanto, deu o lindo passe do gol do Robinho. Estiveste a um passo da glória, Dunga. Agora, voltaste, apesar dos triunfos anteriores, a ser um desgraçado, um maldito, um desprezado. Conheço isso, Dunga. Por mais que tu venças, serás sempre um perdedor. É tua sina. Os donos do mundo não suportam a tua franqueza, que chamam de arrogância. Detestam tua simplicidade, que rotulam de grossura. Odeiam tua transparência, que os impede de conceder privilégios e de fazer negociatas na tua cara.

Foste um exemplo, Dunga. O mundo, porém, não está preparado para a tua vitória. Espero que esteja para a de Maradona, técnico antagônico e complementar a ti, mas não acredito. Tomara que eu me engane. Foste bravo, Dunga, impávido, colosso. Não mandaste Felipe Melo pisar no adversário. Buscaste o equilíbrio. Apostaste no talento de Kaká e Robinho.

Sonhaste com a beleza. Ela não sorriu para ti. A mídia te condenou por não teres feito o jogo dela. Viste o jogo como um jogo e tudo fizeste para alcançar os teus objetivos. Não compreendeste que o jogo é também um teatro no qual alguns devem sempre figurar nos camarotes. Até o teu sotaque incomodou, Dunga, neste país onde os que debocham do teu sotaque têm sotaques tão ou mais caricaturais. Tiveste personalidade, Dunga. Isso é imperdoável. Há muita gente feliz agora. Teus inimigos podem sorrir triunfantes e sentenciar: “Eu não disse…”

Nós, os ruins, os ressentidos, os malditos, os perdedores, apesar de todas as nossas vitórias, estamos contigo Dunga. Somos os teus representantes por toda parte. Tinhas razão, Dunga: boa parte da mídia estava dividida, torcendo pelo Brasil e, ao mesmo tempo, te secando. Para vencer neste mundo, Dunga, é preciso aprender a ser hipócrita. Tu nunca conseguirás. Tuas vitórias serão sempre laboriosas. Tuas derrotas te marcarão mais. Tu, ao contrário de outros, não te escondes jamais. Aceita, caro Dunga, meus cumprimentos”.

Juremir Machado da Silva; jornalista, pesquisador e professor da PUC de Porto Alegre

Correio do Povo, 3 de julho de 2010.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Livro do exército ensina a louvar a ditadura

Da Folha de S.Paulo, por Angela Pinho:

A história oficial contada aos alunos dos 12 colégios militares do país omite a tortura praticada na ditadura e ensina que o golpe ocorrido em 1964 foi uma revolução democrática; a censura à imprensa, necessária para o progresso; e as cassações políticas, uma resposta à intransigência da oposição.

É isso que está no livro didático "História do Brasil - Império e República", utilizado pelos estudantes do 7º ano (antiga 6ª série) das escolas mantidas com recursos públicos pelo Exército. Nelas, estudam 14 mil alunos, entre filhos de militares transferidos ou de civis aprovados em concorridos vestibulinhos. De cada aluno é cobrada uma taxa mensal de R$ 143 a R$ 160, da qual estão isentos os que não podem pagar. Mas 80% das despesas são custeadas pelo Exército.

As escolas militares poderiam utilizar livros gratuitos cedidos pelo Ministério da Educação a todas as escolas públicas. Mas, para a disciplina de história, optaram pela obra editada pela Bibliex (Biblioteca do Exército), que deve ser adquirida pelos próprios alunos. Na internet, o preço é R$ 50, mais um caderno de exercícios a R$ 20. O Exército afirma que o material "atende adequadamente às necessidades do ensino de História no Sistema Colégio Militar".

O livro de história mais adquirido pelo MEC para o ensino fundamental, da editora Moderna, apresenta a tomada do poder pelos militares como um golpe, uma reação da direita às reformas propostas por João Goulart (1961-64). A partir disso, diz a obra, seguiu-se um período de arbítrio, com tortura e desaparecimentos, em que a esquerda recorreu à luta armada para se manifestar contra o regime.

Já a obra da Bibliex narra uma história diferente: Goulart cooperava com os interesses do Partido Comunista, que já havia se infiltrado na Igreja Católica e nas universidades. Do outro lado, as Forças Armadas, por seu "espírito democrático", eram a maior resistência às "investidas subversivas". No caderno de exercícios, uma questão resume a ideia. Qual foi o objetivo da tomada do poder pelos militares? Resposta: "combater a inflação, a corrupção e a comunização do país".

A obra não faz menção à tortura e ao desaparecimento de opositores ao regime militar. Cita apenas as ações da esquerda: "A atuação de grupos subversivos, além de perturbar a ordem pública, vitimou numerosas pessoas, que perderam a vida em assaltos a bancos, ataques a quartéis e postos policiais e em sequestros".

A censura é justificada: "Nos governos militares, em particular na gestão do presidente Médici [Emílio Garrastazu, 1969-1974], houve a censura dos meios de comunicação e o combate e eliminação das guerrilhas, urbana e rural, porque a preservação da ordem pública era condição necessária ao progresso do país."

As cassações políticas são atribuídas à oposição do MDB (Movimento Democrático Brasileiro). "Embora o governo pregasse o retorno à normalidade democrática, a intransigência do partido oposicionista motivou a necessidade de algumas cassações políticas", diz trecho sobre o governo Ernesto Geisel (1974-79).

Para o historiador Carlos Fico, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o livro usado nos colégios militares é problemático tanto do ponto de vista das informações que contém como pela forma como conta a história. "O principal motivo do golpe foi o incômodo causado pela possibilidade de que setores populares tivessem uma série de conquistas."

Mas, para Fico, mais grave ainda é a forma como o livro narra o período, com uma "história factual" carente de análise, focada apenas na ação dos governos. "Trata-se de uma modalidade desprezada inclusive pelos bons historiadores conservadores", avalia.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Salve Dunga! Cala a boca Globo!

Após o jogo do Brasil contra Costa do Marfim, pela segunda rodada da Copa da África do Sul, uma polêmica varreu diversos lares e computadores brasileiros: por qual motivo o técnico da seleção de futebol brasileira teria proferido vários xingamentos a um repórter da Rede Globo.

Agora, começam a vir à tona os motivos para tal episódio ter acontecido. Momentos antes do jogo, a Globo havia acertado com Ricardo Teixeira, presidente da CBF, entrevistas exclusivas com 3 jogadores (entre eles, Luís Fabiano) e o próprio técnico Dunga. Mas ao contrário do que ocorreu em outras copas, o técnico vetou as entrevistas, procurando dar mais tranquilidade ao seu grupo de jogadores e não deixar surgir o clima de "já ganhou", como ocorreu em 2006.

Furiosos, os jornalistas que seriam responsáveis pelas entrevistas exclusivas, lançaram uma verdadeira campanha contra Dunga, entre eles Alex Escobar, quem seria responsável por elas. Foi para ele que Dunga proferiu os palavrões, já que durante sua coletivo oficial para toda a imprensa mundial, Escobar estava falando ao telefone com outro jornalista da Globo, falando sobre o assunto e gesticulando num tom claro de desaprovação à atitude do técnico brasileiro. Como percebeu a postura do repórter, Dunga o interpelou.

No entanto, o que a Rede Globo não contava era com o apoio massiço da população brasileira ao técnico Dunga, enviando para a emissora milhares de mensagens em prol do capitão do tetra. Abaixo, uma das imagens veiculadas nesta campanha, a qual eu me incluo. Eu apoio o Dunga!


sexta-feira, 18 de junho de 2010

A língua portuguesa de luto!

Morre aos 87 anos o genial escritor português José Saramago. Único da língua portuguesa a ganhar o Nobel de literatura, prêmio concedido pelo conjunto de sua obra. Alguns dos livros de Saramago estão entre os principais da literatura mundial dos últimos 30 anos, entre os quais O evangelho segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a cegueira, O ano da morte de Ricardo Reis, História do cerco de Lisboa, dentre outros.

Além da literatura, Saramago era um importante ativista em prol das causas sociais, militante comunista de longa data.

Saramago faleceu hoje, dia 18 de junho de 2010, às 12h30 (horário local), vítima de múltipla falha orgânica após uma prolongada doença.

A literatura mundial está mais triste hoje, perdendo um de seus principais expoentes.

Era meu escritor favorito!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Oficina sobre questões étnico-raciais

Sábado passado, dia 29 de maio, participei de atividades bem interessantes na escola onde leciono, EMEF Ver. Antônio Giúdice, em Porto Alegre, sobre como trabalhar a lei 10.639/03 em sala de aula. Lei que obriga os estabelecimentos de ensino a abordarem a História da África e dos afrobrasileiros.
As fotos mostram o entusiasmo dos professores.
Acima, o resultado de uma oficina para construção de pequenos tambores.


Estas duas mostram instrumentos musicais de origem africana. O professorado cantou e dançou até cansar!!!


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Mumificação com meus alunos



Para explicar o processo real de mumificação do Antigo Egito e demonstrar os motivos pelos quais permitem um corpo ser preservado sem se decompor, foi simulado o que os antigos egípcios realizavam com uma pessoa, mas utilizando um peixe.

A mumificação iniciou com a separação do material necessário para realizar a experiência: para servir de corpo a ser mumificado foi utilizado um peixe fresco (com escamas), bicarbonato de sódio (substituindo o natrão, substância encontrada no fundo do rio Nilo, a qual era utilizada pelos egípcios durante o processo de criação da múmia), um pote com tampa (que serviu de sarcófago para a múmia), luvas cirúrgicas e máscara. De posse de todo o material necessário, fez-se um pequeno corte no ventre do peixe, retirando todos seus órgãos internos. Foi introduzido bicarbonato de sódio no interior do corte feito no animal, nas guelras, na boca e no fundo do pote, de maneira a não ficar nenhum espaço sem bicarbonato. O peixe foi colocado dentro do pote e coberto totalmente com bicarbonato de sódio, devendo permanecer tampado durante uma semana, para depois desse período o bicarbonato de sódio ser trocado. Finda a segunda semana da experiência, o peixe está desidratado, por conta da ação do bicarbonato e não entrará em decomposição do mesmo modo que o corpo de um ser humano que não tenha passado pelo procedimento.

Maquetes dos meus alunos

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ode aos professores

Juremir Machado da Silva

Recebi esta pergunta: "Por que o senhor defende tanto os professores?". Achei, inicialmente, a pergunta estranha. Afinal, a resposta sempre me parecera óbvia. Depois, comecei a responder para mim mesmo. Embora seja impossível estabelecer objetivamente um ranking de profissões, eu acho o trabalho de professor o mais importante que existe, especialmente o de professor de ensino fundamental e médio, função que nunca exerci, embora tenha chegado a passar num concurso. Sei da importância dos médicos, dos engenheiros, dos padeiros, dos lixeiros e de tantos outros profissionais. Mesmo assim, considero que o professor é a base de tudo.

Por pensar assim, sempre vejo como injustos e até mesmo absurdos os salários pagos aos professores do ensino público. Não consigo aceitar que qualquer jogador de futebol ruim ganhe mais do que um professor. Esperamos dos professores que eles eduquem os nossos filhos, dando-lhes conhecimentos e valores. Depositamos enormes esperanças na atividade desses mestres de poucos recursos e muita perseverança. Cobramos muito. Pagamos pouco. A desculpa é sempre a mesma: os cofres públicos não comportam salários maiores para uma categoria tão numerosa. Essa explicação sempre me parece fácil, simplória, hipócrita e até canalha. É uma maneira de lavar as mãos. A culpa não é só dos governantes. É da sociedade. Por que não nos organizamos para pagar melhor os professores? Outro dia, na Rádio Guaíba, o senador Paulo Paim nos garantiu que não existe o rombo da Previdência Social. Autorizou-me a chamar de mentiroso quem afirme o contrário. Não perderei a oportunidade.

De minha parte, farei uma afirmação categórica: a sociedade brasileira pode pagar melhor seus professores. Não o faz por não os valorizar suficientemente. Volta e meia, ouço alguém atacar os professores dizendo algo assim: "Se não estão satisfeitos que mudem de profissão". Nunca ouço argumento semelhante aplicado aos grandes proprietários que pedem subsídios aos governos. Os professores viraram saco de pancada. Os governantes empurram com a barriga o eterno problema dos baixos salários. Por toda parte, vejo professores trabalhando duro e ganhando pouco. Ser professor é cada vez mais difícil e bonito. Hoje, além de saber passar informações, é preciso saber educar num ambiente de liberdade. Muita gente tem saudades dos castigos corporais e dos métodos medievais nas escolas. São os mesmos que sentem saudade da ditadura militar e que fecham os olhos para a tortura.

Imagino um leitor conservador dizendo-se que estou empilhando clichês ou fazendo demagogia. Num ano eleitoral, eu espero que algum candidato apresente um plano consistente para a educação. Teria meu voto. Toda hora alguém diz que só a educação muda um país. Para que a educação mude um país, no entanto, o país precisa mudar a sua educação. Um bom começo seria pagar melhor os professores. Eu não me importaria de pagar mais impostos para isso. Pagar impostos pode ser muito bom. Faz bem para a sociedade. Não há serviços sem impostos. Jamais.

Juremir Machado da Silva é jornalista e professor

* Artigo publicado no jornal Correio do Povo, de Porto Alegre/RS, edição do dia 4 de maio de 2010

PROCEDIMENTOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS APLICÁVEIS EM HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

Hoje pela manhã ocorreu a abertura oficial do curso Procedimentos Didático-Pedagógicos Aplicáveis em História e Cultura Afro-Brasileira, promovido pela UFRGS com apoio do Mec e de cidades da região metropolitana de Porto Alegre. Tenho grande expectativa sobre esse curso, o qual terá duração de abril a dezembro de 2010.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Nem esquecimento, nem perdão!!!

Slides com fotos de pessoas desaparecidas na Argentina durante a violenta ditadura militar, que durou de 1976 a 1983. O trabalho fotográfico é belíssimo, porém extremamente triste.

quarta-feira, 31 de março de 2010

O museu é legal!

Quando estava cursando o final da faculdade, participei de um projeto que guardo com muito carinho em minha memória. O programa "O museu é legal" (2002-2004), organizado pelo Núcleo de Educação Patrimonial, do Museu da Baronesa, em Pelotas, teve uma repercussão imensa, não apenas na cidade, mas pelo Brasil afora.

Modéstia a parte, sua qualidade é inquestionável. Lembro da carta de uma professora das séries iniciais, na qual dizia que tínhamos dado a ela novamente a esperança na educação. Foi uma comoção geral na equipe do Museu!

Vou explicar um pouco o que era esse projeto com a ajuda de umas fotos da época. Pena que não apareço em nenhuma das fotos, já que era o fotógrafo.

Aqui a primeira etapa: íamos a sala de aula (turmas de 3ª. série) e conversávamos sobre patrimônio.

Antes da nossa visita, as professoras pediam que os alunos trouxessem um objeto dos quais eles gostavam. Podia ser qualquer coisa. Então, montávamos o "Museu da sala de aula". Dessa forma, viam que museu não é lugar só de coisa velha e de gente rica, mas local que guarda aquilo que gostamos e é importante para nós.

Depois da visita ao "Museu da sala de aula", era apresentada uma peça de teatro de fantoches com o personagem Fuxico. A música de fundo era Aquarela, de Toquinho. Inesquecível as carinhas ansiosas, os olhinhos brilhando e a interação com o Fuxico.

Segunda etapa: os alunos chegando ao museu.
Aqui o início da visita ao museu: história da cidade contada com a ajuda de imagens.
Oficina de dança afro. Eles conheciam um instrumento de percussão dos escravos, o sopapo, e cantavam junto ao violão a música o "O museu é legal".
Moradores da casa: a Baronesa dos Três Cerros e o escravo Conrado.
Moradores da casa: o Barão dos Três Cerros e a escrava Clara.
Visita ao interior do museu. Eles nem imaginavam que encontrariam e conversariam com os moradores da casa.
Após a visita ao interior do museu, cada um desenhava o que mais tinha gostado. Todos ganhavam um "Passe pai", para trazerem os pais ao museu um outro dia sem qualquer custo. Vários voltavam!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Maré capoeira

Maré Capoeira
Ficção | De Paola Barreto | 2005 | 14 min

Os encantos da capoeira vistos pelos olhos de uma criança, em uma história de amor e de guerra.

Ilha das Flores

Ilha das Flores

Documentário. Diretor: Jorge Furtado Ano: 1989 Duração: 13 min.

Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho. Muito bom!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Trabalhadores das pirâmides 'não eram escravos'



Cientistas apresentaram no Egito tumbas cuja localização, próxima das principais pirâmides, reforça a teoria de que esses grandes monumentos foram construídos por trabalhadores livres, e não por escravos.

Os túmulos, construídos cerca de 4,5 mil anos atrás, contêm os restos mortais dos trabalhadores que morreram enquanto levantavam as pirâmides de Quéops e Quéfren.

"Essas tumbas foram construídas ao lado da pirâmide do faraó, o que indica que essas pessoas não eram, de forma alguma, escravos", disse o arqueólogo que chefiou os trabalhos de escavação, Zahi Hawass.

"Se fossem escravos, eles não poderiam ter construído suas tumbas ao lado da do faraó."

Ele disse que a descoberta "pode ser a mais importante do século 21" em relação à civilização egípcia.

Os túmulos são feitos de argila seca, semelhante a outras covas descobertas em 1990, e datam das 4ª e 5ª dinastia (2649-2374 AC).

Tradicionalmente, as autoridades do Egito refutam a teoria de que as pirâmides foram construídas por escravos, alegando que essa hipótese – um "mito", em suas palavras – ignora as habilidades necessárias na construção e a sofisticação da civilização egípcia.

Evidências colhidas no sítio arqueológico indicam que 21 vacas e 23 cordeiros eram enviados diariamente para alimentar cerca de 10 mil pessoas que trabalharam na construção das pirâmides.

Segundo Hawass, é possível que os fornecedores da carne, fazendeiros no Delta do Rio Nilo e no sul do Egito, não estivessem pagando impostos ao governo, e sim fazendo parceiras com o governo nesses grandes projetos nacionais da época.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2010/01/100111_egito_tumbas_pu.shtml

Neandertal usava pintura corporal e bijuteria

Uma equipe de pesquisadores disse que encontrou as primeiras evidências convincentes de que o homem de Neandertal pintava o corpo e usava bijuteria há 50 mil anos.

Conchas contendo resíduos de pigmentos usados para este fim foram encontradas em dois sítios arqueológicos em Múrcia, no sul da Espanha.

O arqueólogo português, João Zilhão, que lidera a equipe a partir da Universidade de Bristol, na Inglaterra, disse que foram examinadas conchas que eram usadas como utensílios para a mistura e armazenamento de pigmentos.

Bastões pretos com um pigmento à base de manganês podem ter sido usados como tinta para o corpo. Artefatos semelhantes foram encontrados na África no passado.

"(Mas) esta é a primeira evidência segura do uso de cosméticos", disse o arqueólogo à BBC. "A utilização destas receitas complexas é novidade. É mais do que tinta para o corpo."

Os cientistas encontraram fragmentos de um pigmento amarelo que, segundo eles, pode ter sido usado como base para maquiagem.

Eles também descobriram um pó vermelho junto com manchas de um mineral negro brilhante.


Algumas das conchas, entalhadas e pintadas com cores fortes, também podem ter sido usadas como bijuteria.

Sofisticação

Até agora, muitos especialistas acreditavam que só os seres humanos modernos usavam maquiagem como adorno ou para rituais.

Durante um período na pré-história Neandertais e humanos podem ter compartilhado a Terra, mas Zilhão disse que a descoberta de sua equipe data de 10 mil anos antes do contato entre ambos e, portanto, ela não indicaria uma influência humana. Zilhão vê na prática do uso de pintura corporal e bijuteria um certo grau de sofisticação.

"As pessoas têm que acabar com essa idéia de que os Neandertais eram débeis mentais", afirmou.

O estudo foi divulgado em Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/01/100109_neandertalespanhag.shtml

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